WM-Proteste-Brasilien
Tatubola WM-Serie (3): Ein Brasilianer in Deutschland

Die WM in Brasilien gibt Anlass zur Diskussion über die Kosten des FIFA-Projekts, die sozialen Probleme im größten Land Lateinamerikas. Diese Diskussionen gehören aber nicht zusammen, meint Giley. ©Screenshot sueddeutsche.de

Die WM in Brasilien gibt Anlass zur Diskussion über die Kosten des FIFA-Projekts, die sozialen Probleme im größten Land Lateinamerikas. Diese Diskussionen gehören aber nicht zusammen, meint Giley. ©Screenshot sueddeutsche.de

„Mir gefällt nicht, wie die sozialen Probleme meines Landes zur Fußball-WM internationalisiert werden.“

Die Fußball WM aus der Sicht eines Brasilianers in Deutschland

Girley dos Santos Teixeira, 38 Jahre, Lehrbeauftragter für Portugiesisch in Passau

Wenige Tage vor dem Start der WM und dem Bombardement durch die Medien beschreibt der gebürtige Brasilianer Girley dos Santos Teixeira aus Passau in einigen Sätzen seine Ansichten zur Fußball-Weltmeisterschaft in seinem Heimatland für Tatubola:

„Menciono isso porque sim, adoro a ideia de ver a Copa ser realizada no Brasil, que por sua vez também é o país do futebol, porém não gosto nada de ver como estão internacionalizando os problemas sociais do meu país e tornando-os clichês tão superficiais quanto o samba, o carnaval, as mulheres seminuas e até mesmo o futebol.

Temos sim, um problema de infraestrutura, saúde e educação imenso, porém já estava claro que os mesmos não desapareceriam simplesmente implantando a realização de um Mundial de Futebol no país. São problemas sociais e políticos e que a meu ver devem ser tratados como tal, sem misturar a idealização de um evento esportivo (e aqui eu não estou ignorando o absurdo de caro que tal evento já custou e nem o quanto a Fifa está tirando proveito de tudo) com a idealização de um movimento de mobilização para a criação de um Brasil melhor para todos“

Die Übersetzung: „Der Gedanke, die Weltmeisterschaft in Brasilien zu organisieren, gefällt mir unglaublich gut. Brasilien ist schließlich auch eine Fußball-Nation. Trotzdem gefällt es mir nicht, wie die sozialen Probleme meines Landes internationalisiert und wie oberflächlich die Klischees wie Samba, Karneval, die halb nackten Frauen oder der Fußball behandelt werden.

Ja, wir haben immense Probleme mit der Infrastruktur, dem Gesundheits- und dem Bildungssystem. Jedoch war es klar, dass diese Probleme nicht plötzlich verschwinden, nur weil die Fußball-Weltmeisterschaft in unserem Land stattfindet. Es sind soziale und politische Probleme und diese sollten meiner Meinung nach auch wie solche behandelt werden. Man sollte die Idealisierung  des Sportereignisses nicht mit der Idealisierung einer Bewegung für die Erschaffung eines besseren Brasiliens vermischen. (Dabei ignoriere ich weder die absurd hohen Summen, die das Event gekostet hat noch den Profit, der dabei für die FIFA entstanden ist.).“

TATUBOLA WM-SERIE: “WM PROTESTE BRASILIEN”

Auf dem Blog Tatubola kommen die Brasilianer selbst zu Wort. Sie berichten darüber, wie sie die Fußball-Weltmeisterschaft 2014 in Brasilien erleben – positiv oder negativ. Aus dem ganzen Land schreiben sie Tatubola kurze Statements und geben Tipps für interessante Links, um sich auf Blogs und in Magazinen über die WM Proteste in Brasilien zu informieren.

Tatubola hat nachgefragt:
In Deutschland herrscht Vorfreude auf die Fußball-Weltmeisterschaft. Doch was denken die Brasilianer selbst über die WM in ihrem Land? Welche Erfahrungen haben sie während der Vorbereitungen zu diesem sportlichen Großereignis gemacht? Was bewegt ihre Familie, Freunde und Nachbarn, wenn es auf das Thema “Copa 2014″ zu sprechen kommt? Was gefällt ihnen und aus welchen Gründen kritisieren sie die FIFA, den Fußball-Hype oder ihre Regierung? In den nächsten Wochen werden wir auf Tatubola mehr darüber berichten, wie die Brasilianer selbst die WM sehen.

Weitere Beiträge der Serie: Claudio Hampf aus Curitiba

Hier findet ihr den kompletten Text von Girley auf Portugiesisch:

A Copa do Mundo na visão de um apátrida.

„A tão poucos dias da Copa e com o bombardeio de informações através da mídia e de novos produtos com o nome Brasil ou alguma coisa relacionada com o mundial, o que devemos pensar e dizer sobre?

Depois de todas as informações que já absorvemos, seja lá de qual forem as fontes (jornais, TV, papo de bar com os amigos, rádio, redes sociais, etc.), devemos fazer o que poucos até agora fizeram que é filtrar, ou seja, selecionar as informações úteis obtidas para depois através das mesmas criarmos um senso crítico apurado dentro de um ou dos vários aspectos político-sócio-culturais relacionados a Copa do Mundo no Brasil.

Menciono isso porque sim, adoro a ideia de ver a Copa ser realizada no Brasil, que por sua vez também é o país do futebol, porém não gosto nada de ver como estão internacionalizando os problemas sociais do meu país e tornando-os clichês tão superficiais quanto o samba, o carnaval, as mulheres seminuas e até mesmo o futebol.

Temos sim, um problema de infraestrutura, saúde e educação imenso, porém já estava claro que os mesmos não desapareceriam simplesmente implantando a realização de um Mundial de Futebol no país. São problemas sociais e políticos e que a meu ver devem ser tratados como tal, sem misturar a idealização de um evento esportivo (e aqui eu não estou ignorando o absurdo de caro que tal evento já custou e nem o quanto a Fifa está tirando proveito de tudo) com a idealização de um movimento de mobilização para a criação de um Brasil melhor para todos sempre e não somente durante alguns dias onde seremos os anfitriões para todo o mundo.“

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